31 de outubro de 2011

"Um líder não se faz: já nasce feito"



O dia de domingo foi atarefado, a ponto de me perder nas horas do jantar; verdade seja dita que a culpa vai para o ritual da mudança da hora. Posso, ainda, endereçar uma parte da culpa para a conversa animada que mantive com amigos ao fim da tarde sobre um tema que há pouco foi superiormente esmiuçado pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, quando se referiu às questões que o Governo tem entre mãos, como o Orçamento, que vê a sua discussão adiada.


Argumentava o professor que os membros do Governo, a começar pelo primeiro-ministro, têm de ser transparentes - digo eu: nas palavras e nos actos. De transparência se falou, também, durante a conversa de amigos esta tarde.


O associativismo, aqui no meu sítio e arredores, tem carência de lideranças capazes de levar a “bom porto” algumas instituições - do desporto à cultura, há um vazio de pessoas válidas que não pode deixar de preocupar quem tem memórias vivas de um passado recente. Entende-se não ser apelativo “dar o corpo ao manifesto”, oferecendo tempo e dinheiro em troca de quase nada, melhor: recebendo como reconhecimento do seu esforço e dedicação, desconfianças e palavras amargas. É por isso que (quase) ninguém aceita liderar um grupo, assumindo a gestão de algumas colectividades, que correm o risco de fechar portas por falta de “carolas”. Naturalmente, há excepções, algumas credíveis, outras nem por isso… por falta de transparência, até na assunção da ausência das próprias limitações, intelectuais e/ou outras.


Escreve um famoso psicólogo: “…é comum dizer-se que um líder não se faz: já nasce feito!...” Tenho as minhas dúvidas...

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