Do 5 de Outubro para cá, tenho andado numa roda viva, entre Paris e o meu sítio plantado na margem direita do rio Alva. Pesquiso, informo-me junto de "bruxas e adivinhos", e apresento-me nos cafés ( já não existem tascas do tinto ao quartilho...) como provocador da palavra; os clientes, atentos, dizem que "está tudo de pernas para o ar" - voilá : era aqui que queria chegar!
De pernas para o ar esteve por largos minutos a Bandeira de Portugal, não o país, que anda confuso com os açoites no rabiosque - castigo maior para quem tem o "melhor povo do mundo". Palavra de ministro - quem sou eu para o desdizer? Pelo contrário: "voto" no miminho da frase.
A Bandeira de pernas para o ar, pensei eu (porque "penso-rápido e bem"!) talvez fosse um sinal de mudança, protagonizado "pelo retornado" imberbe rei Sebastião, sedento de glória noutros tempos, agora vingativo nos sonhos, mas não, deixemo-nos de lérias, isso é falso - garantem os meus parceiros das filosofias "minis", sagres ou super bock, tanto faz.
Pela data no calendário, alinho as letras pelas pontas dos dedos no "Asus K50IJ" a 9 de Outubro, quando chegaram pelo correio as sábias deduções da Maga Patalógica e Madame Mim - as únicas que aceitaram o desafio de esmiuçarem os esconsos mentais do engenheiro Sócrates, compagnon de route de Asterix. A quatro mãos, escrevem elas, a Maga e a Madame Mim, que o antigo primeiro ministro de Portugal, graças à poção mágica do druida Panoramix "interiorizou" novos poderes, a ponto de, ao melhor estilo de um qualquer fantasma, virar qualquer coisa de pernas para o ar - como um governo, por exemplo. Para começar, ficou-se pela bandeira...