16 de junho de 2013

Juntas para sempre








Em Fevereiro, a minha mãe "ausentou-se para parte incerta". 
Hoje, disse "até um dia" à  D. Etelvina, senhora por quem tinha  enorme respeito e  consideração - havia mesmo um género  de amor que não sou capaz de definir...
Por todas as razões, partilho o sentido adeus da neta,  Ana Andrade, a quem deixo o meu apreço pela erudição das palavras...
Amigas como eram, a Natália e a Etelvina voltam a "estar juntas". Agora, para sempre,,,
C.R.

5 de maio de 2013

Rosas, "jarros" e uma pomba branca

Mãe:
Olá, espero que se sinta muito, muito bem,  esteja onde estiver. Como sabe, hoje é o seu dia - assim foi decretado, como se uma mãe tivesse necessidade de  um dia apenas para o ser e merecer: mãe que é mãe, É MÃE TODOS OS DIAS, mesmo quando, fisicamente, não está presente, como é, agora, o  caso!...
Como sabe (as mães "sabem sempre tudo e de tudo"!), mondei os morangueiros, semeei feijão (daquele que guardava no saco, do ano passado...), alface, "amores perfeitos" e coentros. "Desenrasquei-me", vamos lá  a ver o que sai dali...
A vizinha deu-me um braçado de couves para o (futuro) "caldo verde" e já estão plantadas no sítio do costume, e ontem, quando cheguei a casa, notei que alguém veio plantar meia dúzia de alfaces, já crescidas, junto aos feijõess. Quem terá sido? A Maria ainda não me disse nada..
... E pronto: vou começar o dia fora de portas; já cortei duas rosas vermelhas, das que crescem junto ao pombal, e meia dúzia de  "jarros" para enfeitar as jarrinhas no seu  jardim particular, sobranceiro ao Urtigal...
Ah, é verdade: foi ter consigo uma das nossas pombas brancas? Esta manhã, quando fui passar "revista" ao quintal, uma delas  não deu sinal de vida e eu disse  de mim para mim: se calhar foi ter com a mãe Natália...
Beijinho, até já.

Guimarães .:



12 de janeiro de 2013

"Vigaro cá, vigaro lá"

Recuei na memória, ao ano de 1981 e à Lena d'Água, que fez sucesso com uma musiquinha muito bem engendrada, a ponto de emprestar o título ao lado "A" do single "Vigaro cá, vigaro lá".
Recorri ao you tube  para recuperar o tema, que nunca foi um dos meus preferidos, diga-se de passagem - há outros mais agradáveis ao meu ouvido, que ainda cantarolo sempre que os ouço, como "Olha o  Robot" , do tempo do grupo "Salada de Frutas". Não importa: a intenção é inspirar-me no cabeçalho da letra para rabiscar meia dúzia de linhas que me vieram à ideia a noite passada, depois de atentamente ouvir a reportagem da RTP sobre a  esperteza e capacidade da inteligência de um tal  Silva - Artur Baptista da Silva, para melhor identificação do burlão.
Pensando bem, da minha lavra, não há muito a a acrescentar aos comentários com que a Comunicação Social mimoseou  a capacidade de absorção  dos feitos terrenos praticados pelos alienígenas, que os há, sem dúvida - não lhe conhecemos a fisionomia, de facto, mas é bem possível que convivam connosco, travestidos de qualquer coisa, como ministros de pacotilha, dirigentes políticos de aviário, professores/doutores de vão de escada, bacharelados  de fm de semana, artistas sem talento, ou mesmo falsos Cristos...
Sendo sábado, sem sol que entre pela vidraça do meu quarto, e ainda por cima manhã cedo, entendo que não estão reunidas  as condições  para sorrir, de mim para mim, mas penso no sorriso de quem o afivela nesta madrugada (às nove da manhã, para mim, ainda é madrugada!), depois da prática de mais uma patranha: os vigaros não têm hora nem local para  consumar a  suprema e lucrativa arte do engano!
A esta hora, o tal Silva - Artur Baptista da Silva, para melhor identificação do burlão - se ainda não fez uma das dele, atrasou-se...

25 de novembro de 2012

RiTuAL BAR - além de "copos", servia outros pretextos (...)


Recordar  os tempos do RiTuAl BAR é um exercício dolorido. 
Pela via  do pensamento, quase sempre "sofro calado"  memórias   das noites que, na época, a cidade de Oliveira do Hospital desfrutava com prazer. O grupo dos habitués, só por si, fez do RiTuAl uma referência regional.
A assunção pública de determinada postura  filosófica, renascida a "Oriente de Coja", trouxe ao espaço figuras ilustres da cultura  que, de forma direta, ou não, patrocinaram noites inesquecíveis - da música à poesia, da pintura às letras, dos debates cívicos às tertúlias mais comezinhas.
As imagens que trago à primeira página deste RiTuAl fazem parte de mim, apaixonado como eu era pelas pessoas com quem partilhei as alegrias desses momento
O RiTuAl BAR, além de "copos", servia outros pretextos para dois
dedos de conversa...