Qualquer cidadão português de “bons costumes”, com preocupações socias quanto baste, não pode ficar indiferente aos resultados eleitorais de ontem, domingo.
Sou, assumidamente, um eleitor social-democrata, corrente política com uma conceção de centro-esquerda.
Fiel aos valores que estiveram na base da Revolução de Abril, pacifista por natureza, não é – nunca foi! – do meu agrado todo e qualquer movimento extremista, venha ele de onde vier. Falo de política partidária…
De ontem para hoje, a leitura destas eleições, feita por entendidos na matéria, anuncia maus ventos para o país que somos. Possivelmente, Portugal pode estar à beira de se assemelhar à Itália que, durante largo tempo, mudou de governo como quem muda de camisa.
A Itália, oitava maior economia do mundo e a quarta maior da Europa em termos de PIB nominal, “aguentou-se” durante o descalabro político…
Portugal… é “esperar para ver”.
…Talvez em novembro do ano em curso possamos recordar a “Crónica de uma Morte Anunciada”, de Gabriel García Márquez. A história (verídica) do romance é outra, mas o título parece-me sugestivo para o associar, com a devida vénia, à depressão política que estará para chegar, com epicentro no Palácio de Belém.
- “Honi soit qui mal y pense”.
CR
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