Há sempre nostalgia quando fala dos tempos vividos em África de forma tão natural como as imagens do pôr de sol, sobretudo quando a mistura das cores tem pinceladas de mar.
Não há volta a dar a este amigo, que se assume como "sonhador", e ainda que a vida, agora, lhe sorria desafogada, insiste em continuar preso a um passado, que me afiança "feliz", e toma para si exemplos de vida que nada têm a ver com o tempo presente. Acredita, o meu amigo, que os pequenos nadas aconchegam sentimentos e é por via deles que se atinge (?) determinado karma: "qualquer acção tem uma reacção de força e sentido contrário; se praticamos o mal, a acção retorna na intensidade equivalente ao mal causado." – cita com alguma frequência, como se a filosófica frase resumisse a essência da sua própria vida… e dos outros!
As palavras, escritas e pronunciadas deste modo, podem alterar comportamentos cívicos e morais quando adaptadas por inteiro nos relacionamentos interpessoais, e este meu amigo de longa data, faz por ser coerente com as suas "filosofias", embora, como reconhece, nem sempre disso é capaz, mercê das renúncias a que se vê obrigado a cada passo – a sociedade em que se movimenta tem mais de hipócrita do que leal, e lamenta-se que lhe custa curvar a cerviz, mas pouco (ou nada…) pode fazer para "alterar o sistema" – diz!
Sobre os partidos políticos, não se identifica com a "direita" (existe?), mas também não se considera da "esquerda"(?), e não se revê, de forma nenhuma, na acção política do "centro". É aqui que todas as conversas se cruzam, e as discussões de cariz político/partidário, embora civilizadas, nem sempre têm final feliz, isto é: se ele se aproxima das ideias anárquicas de Buenaventura Durruti, figura da Guerra civil espanhola, ou do famoso Che Guevara, por que não se assume como tal? Terá ele as mesmas convicções?
A Constituição da República traça muito claramente as regras com que somos governados, direitos e deveres de cidadania, e não me parece que o meu amigo encontre no Documento escapatória para os seus devaneios, mas enfim, lá terá as suas razões quando argumenta que nem tudo o que está escrito se cumpre por inteiro, etc, etc…
O anarquismo, enquanto teoria política, de facto, não significa o caos ou a desordem pública. O que me parece é que este amigo anda com os neurónios às avessas, e "lá dentro" (do cérebro) a confusão é total, de tal modo que não encontro nem uma pitada de coerência na sua propaganda "revolucionária" – porque de revolucionário tem muito pouco ou nada. Quando ele intervir na vida da comunidade com arreganho, na tentativa de fazer diferente, para melhor, "revolucionando" o marasmo em que se diz envolvido, então tiro-lhe o meu chapéu.
Como pode um "revolucionário" não assumir as suas diferenças e levá-las à prática? Se lhe basta o cabelo comprido e barba de três dias, então… é mesmo um exemplo acabado do Homem inquieto e descontente que há-de mudar o curso da História! É nesta encruzilhada que me amofino com o meu amigo. A sua nostalgia, é bom de ver, tem resquícios de um certo colonialismo bacoco, já lho disse, olhos nos olhos. E quanto ao seu espírito "revolucionário", estamos conversados…
A citação que reproduzo mais atrás, meu caro, é uma espécie de avestruz que, dizem, perante o perigo, esconde a cabeça e deixa o resto do corpo à mercê do inimigo. Coerente…mas pouco, o meu amigo!
Não há volta a dar a este amigo, que se assume como "sonhador", e ainda que a vida, agora, lhe sorria desafogada, insiste em continuar preso a um passado, que me afiança "feliz", e toma para si exemplos de vida que nada têm a ver com o tempo presente. Acredita, o meu amigo, que os pequenos nadas aconchegam sentimentos e é por via deles que se atinge (?) determinado karma: "qualquer acção tem uma reacção de força e sentido contrário; se praticamos o mal, a acção retorna na intensidade equivalente ao mal causado." – cita com alguma frequência, como se a filosófica frase resumisse a essência da sua própria vida… e dos outros!
As palavras, escritas e pronunciadas deste modo, podem alterar comportamentos cívicos e morais quando adaptadas por inteiro nos relacionamentos interpessoais, e este meu amigo de longa data, faz por ser coerente com as suas "filosofias", embora, como reconhece, nem sempre disso é capaz, mercê das renúncias a que se vê obrigado a cada passo – a sociedade em que se movimenta tem mais de hipócrita do que leal, e lamenta-se que lhe custa curvar a cerviz, mas pouco (ou nada…) pode fazer para "alterar o sistema" – diz!
Sobre os partidos políticos, não se identifica com a "direita" (existe?), mas também não se considera da "esquerda"(?), e não se revê, de forma nenhuma, na acção política do "centro". É aqui que todas as conversas se cruzam, e as discussões de cariz político/partidário, embora civilizadas, nem sempre têm final feliz, isto é: se ele se aproxima das ideias anárquicas de Buenaventura Durruti, figura da Guerra civil espanhola, ou do famoso Che Guevara, por que não se assume como tal? Terá ele as mesmas convicções?
A Constituição da República traça muito claramente as regras com que somos governados, direitos e deveres de cidadania, e não me parece que o meu amigo encontre no Documento escapatória para os seus devaneios, mas enfim, lá terá as suas razões quando argumenta que nem tudo o que está escrito se cumpre por inteiro, etc, etc…
O anarquismo, enquanto teoria política, de facto, não significa o caos ou a desordem pública. O que me parece é que este amigo anda com os neurónios às avessas, e "lá dentro" (do cérebro) a confusão é total, de tal modo que não encontro nem uma pitada de coerência na sua propaganda "revolucionária" – porque de revolucionário tem muito pouco ou nada. Quando ele intervir na vida da comunidade com arreganho, na tentativa de fazer diferente, para melhor, "revolucionando" o marasmo em que se diz envolvido, então tiro-lhe o meu chapéu.
Como pode um "revolucionário" não assumir as suas diferenças e levá-las à prática? Se lhe basta o cabelo comprido e barba de três dias, então… é mesmo um exemplo acabado do Homem inquieto e descontente que há-de mudar o curso da História! É nesta encruzilhada que me amofino com o meu amigo. A sua nostalgia, é bom de ver, tem resquícios de um certo colonialismo bacoco, já lho disse, olhos nos olhos. E quanto ao seu espírito "revolucionário", estamos conversados…
A citação que reproduzo mais atrás, meu caro, é uma espécie de avestruz que, dizem, perante o perigo, esconde a cabeça e deixa o resto do corpo à mercê do inimigo. Coerente…mas pouco, o meu amigo!
(http://www.correiodabeiraserra.com)
também não me identifico com a direita nem esquerda nem centro nem.....
ResponderEliminaranarquia nem....
e as minhas intervenções são apenas pelo uso da palavra. terão alguma importância????
hoje, já dia 11, quero deixar um beijo muito muito especial para si.
Sabe porquê o motivo do tal beijo, um segredo contado ao ouvido!
boa noite
"ritualmente", tornou-se um hábito visitar este blog.
ResponderEliminarsinto-me tão bem neste espaço virtual, conforme me sinto no espaço físico do "Ritual".
Seja virtual ou fisicamente, gosto de partilhar este espaço "ritual".
Continue, temos muito para aprender,...
Ao FONSECA MENDES
ResponderEliminarGrato pela gentileza do comentário.Fui ao
http://www.aavestruz.blogspot.com/
mas não consegui deixar os cumprimentos institucionais, daí este "recado", na esperança de que "se mostre" numa conversa de amigos.Ate lá...
Eles falam, falam, falam, mas não fazem nada....
ResponderEliminarConheço pessoas incapazes de arrumar o seu quarto, ou a cozinha, mas que se propõem mudar o mundo. Feitios...
Um abraço e bom Natal.